sexta-feira, 23 de maio de 2014

A  velha tapera    



            A noite cai, se não fosse pelo barulho dos grilos, estaria tudo muito calmo. Estou voltando para casa, hoje me atrasei pois parei na venda do seu Maneco para comprar pão, e escutar as suas histórias de assombrar, mas não demorei muito, pois moro meio longe da cidade e tenho de cruzar em uma tapera que falam ser assombrada.
         Dizem que muitos anos atrás, uma mulher morava perto deste lugar. Ela havia se enforcado na árvore que fica bem ao lado da estrada. Já era meia noite quando aproximei-me da entrada da tapera. Como não havia outro caminho, e eu já estava muito atrasado, comecei a caminhar a passos rápidos. Tentava evitar lembrar do que havia acontecido ali, rezei tudo o que sabia. Já estava na metade do caminho quando ouço um grito que me gelou a espinha.
          Olho em direção à árvore que está no final do caminho e vejo que ha uma mulher pendendo a cerca de dois metros do chão presa a uma corda. A única coisa que consegui fazer foi dar meia volta e correr o mais rápido  que pude. Só parei quando avistei a venda do seu Maneco; não conseguia falar, passei a noite lá, só no  outro dia, depois do sol estar bem alto no céu, consegui ir para casa. Ainda hoje, quando deito para dormir, ouço o terrível grito daquela mulher.  
       

Nome: Edil Teixeira
Data: 28/04/14
Turma: 9º Ano

 Professora: Noemi Lenz

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